fiscalização na região

Reinstalação de lombadas eletrônicas em rodovias federais será concluída em outubro

Marcelo Martins

Foto: Renan Mattos (Diário)
Equipamentos eletrônicos para fazer veículos reduzirem a velocidade são instalados em trechos onde há passagem de pedestres. Contudo, nenhum ainda está funcionando

Quem passa por trechos de rodovias federais de Santa Maria e de outros municípios do centro do Estado percebe que, desde o começo do ano, há ausência das lombadas eletrônicas, o que por si só representa um risco maior a motoristas e a pedestres que transitam por esses trechos e, ainda mais, junto à zona urbana.

Essa situação é ainda um desdobramento do fim do contrato entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Eliseu Kopp e Cia., empresa que era responsável pela manutenção dos equipamentos. Agora, a Fotosensores Tecnologia Eletrônica Ltda, que ficou responsável por instalar os novos radares, já sinaliza com um cronograma para a colocação e a conclusão desse processo em Santa Maria e na Região Central. Serão, ao menos, 25 lombadas distribuídas em 12 municípios (confira no mapa abaixo).

De acordo com o diretor institucional da Fotosensores, Marcos Lima, para o maior município estão previstos 12 redutores de velocidades (lombadas eletrônicas). Deste total, seis ficarão na BR-287; quatro, na BR-392; e, dois, alocados na BR-158. Em um cronograma inicial, quatro deles (todos da BR-392) estão na chamada fase 1. Ou seja, estão praticamente instalados e, no momento, passam por testes finais antes da aferição do Inmetro. Depois de superada essa etapa, as lombadas serão lacradas e, assim, o equipamento fica pronto para a medição da velocidade dos veículos.

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Outros seis aparelhos se encontram, dentro desse mesmo cronograma da empresa, na fase 2. Nele, a ideia é que até agosto se tenha a conclusão da instalação dos equipamentos que ficarão nas BRs 287 (quatro lombadas) e 158 (duas). Os últimos dois aparelhos - que fecham, ao todo, a conta de 12 lombadas - serão instalados dentro da fase 4, que tem como prazo final outubro.

Ainda assim, Lima afirma que a empresa trabalha "para viabilizar tudo o quanto antes". Contudo, ele pondera que é preciso observar algumas variáveis que vão desde a liberação de rede de energia, por parte da RGE, e a aferição do Inmetro.

Procurado pela reportagem quanto à situação que envolve os controladores de velocidade, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) disse, por meio de nota, que, junto com o Ministério Público Federal (MPF), "trabalha em um acordo para instalação de radares eletrônicos em áreas urbanas de rodovias". Desde abril, por ordem do presidente Jair Bolsonaro (PSL), nenhum novo equipamento foi ativado. O órgão não dá prazo para que os radares entrem em operação.

RODOVIAS ESTADUAIS
Já nas rodovias estaduais, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) começou, na quarta-feira, a desligar os pardais existentes devido ao fim do contrato com as empresas Perkons e Fiscal Tech. Na região, há pardais na RSC-287, entre Santa Maria e a BR-386, em Tabaí.

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Não há prazo para a licitação de novos equipamentos.

Especialista defende o uso de lombadas eletrônicas
O engenheiro civil e doutor em Transportes João Fortini Albano avalia que a fiscalização eletrônica é uma eficiente ferramenta para coibir excessos e práticas de infração por motoristas nas rodovias. Ele acredita que as lombadas eletrônicas se mostram como "o melhor dispositivo de controle de velocidade". Albano compara esse dispositivo com o pardal e sustenta que a lombada é mais adequada às necessidades do tráfego.

- A lombada é o melhor dispositivo de controle de velocidade e digo que, até mesmo, melhor e mais eficiente que o próprio pardal. Ele (lombada) mostra a real velocidade praticada naquele exato momento. E é extremamente importante esse tipo de equipamento porque ele é colocado em áreas e vias que tangenciam e contornam a cidade - afirma.

O especialista ressalta o objetivo das lombadas, que é inibir a alta velocidade:

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- Ao ver uma (lombada), o motorista se inibe. Já quando não há uma (lombada), se sabe o que acontece: altas velocidades e, com isso, infrações e o risco de acidentes e atropelamentos.

CONTRARIEDADE
Albano reforça que tanto as lombadas quanto os pardais são instrumentos que auxiliam a dar maior segurança ao trânsito. Quanto à utilização de radares móveis - o que tem sido feito pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em trechos de rodovias sob responsabilidade do Dnit -, ele diz que "o efeito é paliativo".

Quanto a um questionamento recorrente e repetido, por alguns motoristas, de que o uso desses equipamentos eletrônicos (lombadas e pardais) é para alimentar a "indústria da multa", o engenheiro diz que não procede:

- Ninguém é multado sem cometer uma infração. Está tudo, ali, devidamente registrado e fotografado quando o motorista comete um ato falho. Isso (da "indústria da multa") é o típico argumento do infrator e de que não sabe conviver de forma harmônica no trânsito.

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